domingo, 25 de março de 2012

A poética filosófica da pintura:

O que me instiga a pensar sobre o papel da arte que produzo, é pensá-la como um processo de subjetividade que utiliza a linguagem plástica como expressão máxima de sentido e significados, estes são muitas das vezes para o autor algo que não tenha o tal significado concreto dado pelo observador, e por sua vez o observador também está emprenhado de subjetividades.

Em meu olhar a arte possui o seu significado maior na forma, na descoberta, na procura ao longo da execução em superar os desafios e no caso da pintura em cada pincelada.

O ato de pintar carece também a pesquisa a investigação. A pesquisa podendo ser ou não dos referenciais acadêmicos, das técnicas, mas, fundamentalmente do saber da cultura popular, do saber do fazer da vivencia da experiencia e da troca com o outro, é um saber coletivo e singular.

Ao mesmo tempo que a pintura é uma expressão subjetiva do pintor ela se expressa em seu momento singular de sua existência, mas, não necessariamente um ato individual do pintor. É também em si uma expressão da linguagem de uma cultura vigente, com valores e regras de padrões de beleza, padrões para o belo.

O que me instiga a pensar é que a arte possui o seu significado maior na descoberta da forma. E quando pinto produzo e que expressa a minha subjetividade e os meus valores enquanto sociedade. Tendo assim, o objetivo principal a linguagem plástica como um dos meios de reintegrar uma reflexão sobre a sociedade vigente, fazendo parte da revolução permanente pela utopia do que realmente acredito que seja uma sociedade justa e ideal.

Rejane Loureiro



Compositor Moacyr Gadelha
Canto de Michele
Musica de Cesar